sexta-feira, 17 de junho de 2011

SEMENTE DO AMOR


Será que o amor é frutífero?
E os germes? Brotaram?
Estou a procura do conjunto de corola,
Do amor semeado e nunca colhido.

Amor semeado na guerra!
Plantações cultivadas no campo de batalha.
Muitas arvores que não se vêem
Muitos frutos que não se comem,

Muitas flores que caem ao vento
No relento de crianças
Frutos que pais ingeriram
E não mais sobreviveram.

Frutos do amor
Que caem no chão
Deixando muitos marcados pelo amor
Mutilados pela dor.

Sementes bombas
Flores, desabrochando balas
Árvores regadas a sangue,
De crianças feitas com amor.
Todo esse amor pelo fruto de uma pátria
Vale a pena plantar?
Regar?
Colher?

Keila Costa

quarta-feira, 1 de junho de 2011

FAVELAS


Miséria e violência!

Consiste uma favela?

Traz-me o cenário

Onde a extorsão e o tráfico


Torna-se o cotidiano

A marginalidade!

Existe só na favela?


Violência afável!

Será culpado a favela?


Porque canhoneiam a favela

Quando interrompem sua novela

Para o retrato

Dos maus tratos mostrar.


Sois privilegiado, graças a Deus

Cuidado, no adeus

Que sua pecúnia, pode dar


Conjeturado apressado

Do caráter mal falado

Para os privilegiados

Continuarem a incriminar


Sua alma alienada

Que se reduz ao nada

E estar a sentenciar:


Marginas são da favela

Violência vive nela

Miséria na panela

E traficantes a espraia.


Sociedade perfeita

Não faça desfeita

Desse palco de guerra

Que suas mãos não gera

Um pouco de guerra

Para guerreia.


Onde diligentes sobrevivem

Na tensão do crime

Onde muitos de crime

Para tentar viver.


Margem excluída e desprotegida

Cego, surdo e mudo

Vivem no mundo

Que poderiam ser, bem mundo

E lhes proteger.


Precisamos lutar, e desempacar

Que penúria não ser marginal

E assolar, a paranóia social


Que está no irracional

Do nosso nacional

E tentar ser racional

“ A aquele marginal”.

Keila Costa